A palavra “Metadados” foi criada por Jack Myres em 1969, para denominar os dados que descreviam registros de arquivos convencionais.

Quando falamos sobre Salesforce, é de extrema importância que este conceito esteja claro em sua cabeça, porque quase tudo na plataforma gera metadados. Este é o segredo para tal agilidade no desenvolvimento de atualização do Salesforce. Porém, entender complemente, o que são? Onde vivem? O que comem?  E como podemos utiliza-los, pode não ser tarefa simples.

Vou tentar esclarecer da melhor forma este tema, feito isso, o entendimento e aprendizado da plataforma com certeza ficará mais fácil, pois você verá que esta palavra é muito comum nos grupos, comunidades e até mesmo módulos do Trailhead. Se você ainda não leu sobre Trailhead, recomendo ler o post que diz por que você deve fazer o Trailhead.

Vamos la!

O que são?

Basicamente, metadados são dados que descrevem e especificam dados, a fim de modelar o mesmo para utilização da forma que o usuário desejar. Em outras palavras, metadados são usados para definir que um objeto “X”, possui campos como “Y” e “Z” e como utilizaremos estes campos, se são campos obrigatórios, tamanho do campo, entre outras coisas.

Onde vivem?

No Salesforce, quase todos os objetos geram metadados, por exemplo: Workflows, Layouts de pagina, objetos padrão do Salesforce etc. Assim podemos visualizar todas as alterações feitas neste objeto em questão. Uma das formas de visualizar estas alterações é através de uma IDE onde os metadados nos é mostrado em formato XML, conforme exemplo abaixo.

O exemplo acima nada mais é do que um trecho dos metadados do objeto Lead, podemos ver também alguns campos padrão e outros customizados do objeto.

Para que servem?

O Salesforce utiliza uma camada especial de metadados contendo as mudanças realizadas pelo usuário na plataforma para que eles possam realizar otimizações no ambiente em segundo plano, sem que você perceba. São 3 grandes atualizações por ano na plataforma com intervalos de manutenção muito pequenos.
Isso faz com que a empresa não precise dedicar recursos para desenvolvimento de infraestrutura e fazer manutenções periódicas no ambiente, já que os metadados estão em sua própria camada.

Além disso, podemos também manipular os metadados utilizando a API “Metadados API” juntamente com uma IDE, como por exemplo o IntelliJ. Se você não conhece o IntelliJ, saiba dos benefícios e como integra-lo ao seu ambiente neste post.

Outra forma de manipular os metadados, é através da ferramenta Migration Tool, esta ferramenta desenvolvida pela própria Salesforce é feita exclusivamente para isto, com ela você pode fazer o download dos metadados do seu ambiente, altera-los e gerar um pacote para fazer o deploy para seu ambiente novamente.

Você também pode usar um versionador como por exemplo o Git que é usado para guardar as alterações das mudanças que você faz em seu ambiente, para guardar seus metadados e usar como “backup” em caso de acidentalmente deletar algo como uma regra de validação, os metadados podem sim te salvar!

Por hoje vamos parar por aqui, espero que este post os ajude a entender melhor o conceito de metadados para facilitar no entendimento dos demais desafios que virão!

Sugestões, dúvidas e correções, são sempre bem-vindas!

Até a próxima!

 

Arthur Anelli

Arthur Anelli

Salesforce Developer

Bacharel no curso de Sistemas de informação pela Universidade São Judas Tadeu.

Salesforce Developer, atuando com mais de 5 anos em tecnologia da informação e 2 anos com a plataforma Salesforce, vivenciei o mundo de Administração da plataforma e agora mergulhado no mundo de Desenvolvimento, criando ferramentas e features incríveis para essa plataforma, conquistei recentemente a minha centésima badge que me deu o título de Ranger no Trailhead.

Atualmente com as certificações Salesforce Certified Platform App Builder Salesforce Administrator e Sharing and Visibility.

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